Xeque! É a tua vez de jogar!
A decisão do meu amigo era difícil. Parte da jogada estava clara para mim, e sei que havia outras soluções que só nele teriam lugar.
Porquê a dificuldade, a importância da decisão?
A vida é como um jogo de xadrez, só avança se houver mudança dure o tempo que durar.
Há que optar. Ver em avanço, é pensar "como seria se eu fizesse assim? ... e depois assim ...", mas sem tocar no jogo.
Jogar é mudar, é viver.
E a vida fica diferente, já não dá para voltar atrás.
Decidir custa sempre porque é preciso abandonar o que se (é / tem) para se (ser / ter) aquilo que não se sabe exactamente o que é.
E o jogo continua.
Há emoções fortes que nos cegam a profundidade com que olhamos as consequências das decisões. É preferível optar sereno.
Quanto maior forem as hipótese que temos para jogar, escolher, viver, maior é a liberdade com que aceitamos e decidimos pela escolha que compreendemos ser a melhor.
E a vida continua.
Há mudanças que dão meia-volta ao jogo. Usar outra estratégia. Tudo depende do contexto.
Desistir é perder!
A vida é para se viver e viver é crescer decidindo, aceitar, deixar o ontem e agarrar o amanhã.
A vida é o conjunto de consequências das opções que tomamos.
Xeque!
Mexi o peão que escondia a rainha!
(Victor Vaz)
Clau Srt (*-*)
segunda-feira, 30 de junho de 2014
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Você é a Luz
Desde tempos imemoriais os contos de fadas estão presentes em diversas culturas e povos. O que se expressa não é aquilo que pode atingir o homem numa situação específica da vida, não é um círculo limitado da vivência humana, e sim algo tão profundo, nas vivências da alma humana, que passa a ser comum a toda humanidade.
Aquilo que é incompreensível ao intelecto, expressa-se naturalmente na atmosfera simples e primária dos contos de fadas. Também compreendemos por que, depois do que a cultura do intelecto tanto fez, durante séculos, para afastar a alma do homem e da criança dos contos de fadas, as coletâneas como as dos irmãos Grimm foram tão bem recebidas por todas as pessoas sensíveis a essas coisas e se tornaram novamente um bem comum.
O filme enrolados trouxe uma versão bem interessante do Conto Rapunzel. Desde a primeira frase, percebemos um elemento gnóstico: “Esta é a história de como eu morri, mas não é sobre mim e sim sobre uma garota” chamada Rapunzel.
Essa é a primeira frase dita por um narrador, que no caso também é uma personagem, o “ladrão” Flinn Ryder, que na verdade se chama José Bezerra. Ele caracteriza o homem personalidade, àquele que acompanha Rapunzel - a alma, a filha do Rei - em suas aventuras até descobrir sua verdadeira origem.
Rapunzel sempre via as luzes que aparecem no dia do seu aniversário – as lanternas acesas e lançadas em uma triste homenagem à princesa desaparecida. E uma grande nostalgia, uma saudade tomava conta de Rapunzel, não era apenas a curiosidade de querer ver esse espetáculo de perto. No fundo, ela queria saber o significado da sua vida, descobrir o grande mistério. As luzes emitiam sempre um chamado, como a Gnosis sempre chama o que se perdeu, como a pré-reminiscência lateja em nossos corações.
Quando eles finalmente estão num barco, observando a festa das lanternas, a festa das luzes, é o momento quando a personalidade reconhece o Outro, o divino. E uma canção especial com letras muito elevadas indica claramente isso. Nesse momento encantado, José canta para Rapunzel:
“Tantos dias sonhando acordado
tantos anos vivendo a vida em vão
tanto tempo nunca enxergando
as coisas do jeito que são
Ela que é a luz das estrelas
com ela que vejo quem eu sou
ela que me faz sentir
que eu sei pra onde eu vou...
Vejo enfim a luz brilhar
já passou o nevoeiro
vejo enfim a luz brilhar
para o alto me conduz
e ela pode transformar
de uma vez o mundo inteiro.
Tudo agora é novo
pois agora eu vejo
é você a luz.
(desconheço a autoria)
Clau Srt
Aquilo que é incompreensível ao intelecto, expressa-se naturalmente na atmosfera simples e primária dos contos de fadas. Também compreendemos por que, depois do que a cultura do intelecto tanto fez, durante séculos, para afastar a alma do homem e da criança dos contos de fadas, as coletâneas como as dos irmãos Grimm foram tão bem recebidas por todas as pessoas sensíveis a essas coisas e se tornaram novamente um bem comum.
O filme enrolados trouxe uma versão bem interessante do Conto Rapunzel. Desde a primeira frase, percebemos um elemento gnóstico: “Esta é a história de como eu morri, mas não é sobre mim e sim sobre uma garota” chamada Rapunzel.
Essa é a primeira frase dita por um narrador, que no caso também é uma personagem, o “ladrão” Flinn Ryder, que na verdade se chama José Bezerra. Ele caracteriza o homem personalidade, àquele que acompanha Rapunzel - a alma, a filha do Rei - em suas aventuras até descobrir sua verdadeira origem.
Rapunzel sempre via as luzes que aparecem no dia do seu aniversário – as lanternas acesas e lançadas em uma triste homenagem à princesa desaparecida. E uma grande nostalgia, uma saudade tomava conta de Rapunzel, não era apenas a curiosidade de querer ver esse espetáculo de perto. No fundo, ela queria saber o significado da sua vida, descobrir o grande mistério. As luzes emitiam sempre um chamado, como a Gnosis sempre chama o que se perdeu, como a pré-reminiscência lateja em nossos corações.
Quando eles finalmente estão num barco, observando a festa das lanternas, a festa das luzes, é o momento quando a personalidade reconhece o Outro, o divino. E uma canção especial com letras muito elevadas indica claramente isso. Nesse momento encantado, José canta para Rapunzel:
“Tantos dias sonhando acordado
tantos anos vivendo a vida em vão
tanto tempo nunca enxergando
as coisas do jeito que são
Ela que é a luz das estrelas
com ela que vejo quem eu sou
ela que me faz sentir
que eu sei pra onde eu vou...
Vejo enfim a luz brilhar
já passou o nevoeiro
vejo enfim a luz brilhar
para o alto me conduz
e ela pode transformar
de uma vez o mundo inteiro.
Tudo agora é novo
pois agora eu vejo
é você a luz.
(desconheço a autoria)
Clau Srt
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